pichação em Lisboa
"Abaixo os muros, viva o céu!"
sábado, 19 de janeiro de 2008
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
No azul
uma bola amarela
solta raios ultra
violetas e infra
vermelhos que passam
no filtro branco
destruído pelo cinza
que sobe e desce
descolorindo o verde
azul amarelo vermelho e
violeta
torna-se tudo cinza
num sim que polui
num não que des
colore
um jogo resta-um
resto de cor
que não se vê
pois uma cor só
é incolor
cabeça e chão
Com Marcelo Diniz
se meus pés têm peito
suas solas costas são
se sei que são meus passos
quem advinha eles aonde vão?
se minha mãos têm costas
o que estas palmas serão?
se palmas serão flores
quantas carícias tenho na mão?
se tenho você na frente
alimento minha ilusão
se todo mundo é cego
eu invento minha visão
se tudo é relativo
tem sentido e direção
se tem pé tem cabeça
se tem céu tem chão
se tem centro eu traço
à sua volta translação
se é infinito o espaço
tenho você toda estação
se tem estação tem trem
se tem velocidade avião
se tem desejo o inverno
dura menos que o verão
se tem luz tem sombra
o que não há na escuridão
se há breu há brilho
se é seu cintilação
se tudo faz sentido
tudo tem sempre relação
se tem pé tem cabeça
se tem céu tem chão
se meus pés têm peito
suas solas costas são
se sei que são meus passos
quem advinha eles aonde vão?
se minha mãos têm costas
o que estas palmas serão?
se palmas serão flores
quantas carícias tenho na mão?
se tenho você na frente
alimento minha ilusão
se todo mundo é cego
eu invento minha visão
se tudo é relativo
tem sentido e direção
se tem pé tem cabeça
se tem céu tem chão
se tem centro eu traço
à sua volta translação
se é infinito o espaço
tenho você toda estação
se tem estação tem trem
se tem velocidade avião
se tem desejo o inverno
dura menos que o verão
se tem luz tem sombra
o que não há na escuridão
se há breu há brilho
se é seu cintilação
se tudo faz sentido
tudo tem sempre relação
se tem pé tem cabeça
se tem céu tem chão
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
A quem
tem sempre
um porém,
um nhem nhem nhem
não sabe
se vai
ou vem
mas con
tigo
sigo
,
meu bem
,
para um dia
quem
sabe ir
além
domingo, 21 de outubro de 2007
Verdade absoluta (I)
Não há nada mais odiável nesse e em qualquer mundo do que passas e frutas cristalizadas!
terça-feira, 9 de outubro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Das propriedades de Pedro(a) (II)
Pedro virá sempre dela;
ele é fruto da costela
de uma pedra que se fura
com lágrima, água e ternura.
Daí, haver tanto orgulho
de Pedro ser pedregulho,
para herdar tanta dureza,
necessita a mente acesa.
Sem ira ou melancolia,
tal dureza se reflete
numa forma de alegria,
na risada tete-à-tete,
buscando alguma poesia
que Pedro, em pedra, repete.
ele é fruto da costela
de uma pedra que se fura
com lágrima, água e ternura.
Daí, haver tanto orgulho
de Pedro ser pedregulho,
para herdar tanta dureza,
necessita a mente acesa.
Sem ira ou melancolia,
tal dureza se reflete
numa forma de alegria,
na risada tete-à-tete,
buscando alguma poesia
que Pedro, em pedra, repete.
MARGINAL
E~~~~~~~~~~U
E~~~~~~~~~~S
C~~~~~~~~~~R
E~~~~~~~~~~V
O~~~~~~~~~~À
M~~~~~~~~~~A
R~~~~~~~~~~G
E~~~~~~~~~~M
D~~~~~~~~~~O
M~~~~~~~~~~E
I~~~~~~~~~~O
E~~~~~~~~~~U
RIO
E~~~~~~~~~~F
L~~~~~~~~~~U
I.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Sonho
Para Noel Rosa
Todo dia eu sonho
e algo me seduz:
ouvir da boca de um estranho
algum verso que compus.
Essa palavra que voa,
palavra que me evapora,
que siga na boa
e me leve embora.
Bata num ouvido
e que tudo possa,
pois os olhos, eu duvido,
que façam alguma joça.
Todo verbo lido
quer mesmo ser bossa.
Todo dia eu sonho
e algo me seduz:
ouvir da boca de um estranho
algum verso que compus.
Essa palavra que voa,
palavra que me evapora,
que siga na boa
e me leve embora.
Bata num ouvido
e que tudo possa,
pois os olhos, eu duvido,
que façam alguma joça.
Todo verbo lido
quer mesmo ser bossa.
Difamação!
"Comunistas comem criancinhas!"
Difamação ideológica!
Quem sempre fez isso
foi a Igreja Católica.
Difamação ideológica!
Quem sempre fez isso
foi a Igreja Católica.
Equívoco!
Disseram-me que estou com entrada para careca.
Nada disso!
Estou mesmo é com saída de cabelos.
Nada disso!
Estou mesmo é com saída de cabelos.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
coisas
letra, palavra, frase
agudo, contrário, crase
país, continente, mundo
poço, buraco, fundo
agudo, contrário, crase
país, continente, mundo
poço, buraco, fundo
família, pais, filha
estado, cidade, ilha
manhã, tarde, noite
enxada, martelo, foice
lápis, papel, borracha
perde, procura, acha
membro, tronco, cabeça
pessoa, cadeira, mesa
passado, presente futuro
casa, quintal, muro
tinta, pincel, tela
cão, fêmea, cadela
pequeno, médio, grande
livro, caderno, estante
cinza, branca, preta
leite, vaca, teta
janta, almoço, café
sapato, meia, chulé
flores, cores, jardim
início, meio e fim
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Limite
Para os pés,
o peito
Para as mãos,
as costas.
Para o corpo,
mais que gozo.
Para o azar,
a sorte.
Overdose
de pequenas mortes.
o peito
Para as mãos,
as costas.
Para o corpo,
mais que gozo.
Para o azar,
a sorte.
Overdose
de pequenas mortes.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
escada
De pé em pé
noventa graus
formam degraus
Pernas dobradas,
mãos apoiadas
subo, subo, subo
Corre pé,
corre mão,
corre tudo
tudo, tudo, tudo
Em cima pára,
viro avesso
desço, desço, desço.
soneto (II)
Aqui é perto dali
Aqui é quase ali
Aqui não será lá
Aqui pode ser cá
Aqui é qualquer lugar
Aqui solto no ar
Aqui está no mundo
Aqui também é mundo
Aqui é um instante
Aqui se tem visão
Aqui se vê distante
Aqui sou o que sou
Aqui só existe um
Aqui é onde estou
Aqui é quase ali
Aqui não será lá
Aqui pode ser cá
Aqui é qualquer lugar
Aqui solto no ar
Aqui está no mundo
Aqui também é mundo
Aqui é um instante
Aqui se tem visão
Aqui se vê distante
Aqui sou o que sou
Aqui só existe um
Aqui é onde estou
Mictório (com Guilherme Moerbeck)
Se pensa, tenta
e quando enfim ... sai
Vai quando pensa,
não me lembro bem
se na parte do tenta.
É... não fomos penta!
Mas reflete,
é-te, tete-à-tete,
e, quando se mede,
é quando se perde.
A bebida é o seu impulso,
quanto maior o caminho,
vai aumentando meu pulso.
Quanto mais apertado,
você fica mais longe.
Olho pra cada lado
e me pergunto:
cadê? aonde?
Te achei!
Agora eu me calo.
Meu olhar vago,
lá no infinito,
e agora eu te falo:
_ Que encontro aflito
Sinto mas não minto,
que, quando tento, sempre penso.
Branco, um tanto, portanto,
Por enquanto...
Me vou enfim,
adeus de mim.
e quando enfim ... sai
Vai quando pensa,
não me lembro bem
se na parte do tenta.
É... não fomos penta!
Mas reflete,
é-te, tete-à-tete,
e, quando se mede,
é quando se perde.
A bebida é o seu impulso,
quanto maior o caminho,
vai aumentando meu pulso.
Quanto mais apertado,
você fica mais longe.
Olho pra cada lado
e me pergunto:
cadê? aonde?
Te achei!
Agora eu me calo.
Meu olhar vago,
lá no infinito,
e agora eu te falo:
_ Que encontro aflito
Sinto mas não minto,
que, quando tento, sempre penso.
Branco, um tanto, portanto,
Por enquanto...
Me vou enfim,
adeus de mim.
Lugar nenhum te abriga
O tempo sempre te ocupa
A terra é sempre infinita
Se achas a vida curta.
Mas o dia sempre se estende
Por cada hora que dura
Então, você nunca sente
Ato ou palavra pura.
Palavras voltam e vêm,
sentido nunca se esgota,
mesmo que digam amém
ou até fechem a porta.
Seja falada ou escrita,
palavra sempre decola
pra nunca ser esquecida,
ou para ninguém dar bola.
O tempo sempre te ocupa
A terra é sempre infinita
Se achas a vida curta.
Mas o dia sempre se estende
Por cada hora que dura
Então, você nunca sente
Ato ou palavra pura.
Palavras voltam e vêm,
sentido nunca se esgota,
mesmo que digam amém
ou até fechem a porta.
Seja falada ou escrita,
palavra sempre decola
pra nunca ser esquecida,
ou para ninguém dar bola.
Ler é lenda
Ler é lenda.
A letra é vértice,
a palavra, vórtice;
e com o verbo e sorte
o que se faz é fenda.
Aquilo que sente,
que nunca se entenda.
Nasce, envelhece, rejuve
nesce; a hipótese esclarece:
não há nada que se venda.
A letra é vértice,
a palavra, vórtice;
e com o verbo e sorte
o que se faz é fenda.
Aquilo que sente,
que nunca se entenda.
Nasce, envelhece, rejuve
nesce; a hipótese esclarece:
não há nada que se venda.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
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